sábado, 19 de junho de 2010

Criador

A primeira vez que ouvi falar dele foi numa encenação de “A Banda”, na escola. Mas não foi aí que ele me encantou. Foi em trechos na apostila, em que as músicas dele tomavam forma em letras, em palavras, versos, estrofes inteiras. Foi inevitável buscar saber mais do homem conhecido pelo apelido, rodeado de curiosidades (era parente do dicionário?) e que causava asco em muitos alunos em idade escolar. Alvo de minha admiração devido às palavras escritas, Chico Buarque foi me tomando aos poucos com sua melodia e os olhos verdes, muito verdes, Quando me ganhou já era tarde. Eu não era de mais ninguém.
Tive fases de não largar sua discografia, outra de me ouvir cantando, sem mais nem por quê... Fucei na sua história, quis entender bem mais do meu conquistador. Até hoje, não absorvo bem a forma como ele mexe comigo. Mas desisti de elucidações complexas. Assumi a forma de criatura, sem caminho de volta ou indagação.
E por compartilharmos, as três, do mesmo gostar, optamos por sermos várias, mas todas dele.



Lígia, encarregada de dar parabéns.

Um comentário:

Mulheres de Atenas disse...

Eu tinha certeza de que você faria essa homenagem melhor do que qualquer uma de nós...
Chico, te amo! E a você tb, Ligia.
;*