sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Lutar é preciso, necessário, possível

Já não temos mais uma sequência nas postagens. Quando o blog começou, cada semana era a vez de uma postar um texto. Hoje, venho aqui pra reproduzir um texto que a deputada comunista Manuela D´Avila publicou em seu blog, Bola de Meia, Bola de Gude... Ele expressa a necessidade da gente não desistir, de lutar e de acreditar, acima de tudo, que - sim - podemos mudar alguma coisa. E se você não participa de nenhuma organização, partido, movimento social, ainda assim pode fazer uma boa escolha nessas eleições. Esses dias me pediram porque eu defendia e pedia voto pra determinado candidato, "por que ele é honesto?", indagaram. "Não", respondi. Não basta ser honesto, nesses tempos ser honesto é uma condição sem a qual não podemos viver, deve ser inerente, ou pelo menos deveria ser. Por isso, não aceito escutar o argumento de certos candidatos que, ao pedir voto, ressaltam que acima de tudo são honestos. Não, isso não basta! O meu candidato precisa saber que essa sociedade é excludente, que é injusta, que não permite que nós, enquanto humanos, nos humanizemos. Meu candidato precisa ter a convicção de que é indispensável se investir em políticas sociais, distribuir renda, e, principalmente, de que é necessário mudar radicalmente. A honestidade é indispensável, mas não é argumento.
Lola.

Felicidade

Há doze anos milito no PCdoB. há doze anos me organizei num partido por ter a certeza de que apenas lutando poderiamos mudar a vida da população para melhor.
Sempre me perguntam: porque lutas? Luto pela felicidade das pessoas, respondo. Felicidade? Isso é filosófico?!? Não, respondo. A felicidade subjetiva é sim matéria filosófica. A quem e como amamos, que férias queremos, que valores temos. Isso é felicidade subjetiva.
Mas existe uma felicidade que é objetiva. O acesso a saúde, a educação, a moradia digna, por exemplo. Será que é possível ser feliz com um filho doente? Não, não é. Mas é mais feliz aquele que tem condições de hospitalizar o filho, em relação ao pai que vê o seu morrer sem atendimento.
Dito isto, gostaria de compartilhar com vocês uma iniciativa de meu mandato em conjunto com o Senador Cristovam buarque. Nós apresentamos a chamada "PEC da felicidade". Que inclui na constituição, em seu artigo sexto, a expressão "busca da felicidade". O que queremos dizer? Que os direitos fundamentais (educação, saúde, moradia) são essenciais na busca da felicidade dos cidadãos brasileiros.
Como diz o Professor Cristovam: queremos deixar a constituição viva, quente e compreensível. Queremos que a população entenda seus direitos. Queremos debater as responsabilidades do estado (o mesmo estado que cobra impostos) sobre as infelicidades dos cidadãos pelo não cumprimento do que a constituição garante.
Pensem. Opinem. Ser feliz é difícil. Mas se não temos casa, educação, saúde é praticamente impossível.

Por Manuela D´Avila

Um comentário:

Mulheres de Atenas disse...

ai, eu me sinto uma desengajada tosca quando falo com a Lola sobre política. Hehe