sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Exercitando a cópia (de estilo)

Quem das nobres moçoilas nunca ficou a esperar o amado com um doce esfriando no fogão? A mistura açucarada com gotas de paixão, traduz a esperança de conquistar o mancebo e arrastá-lo consigo na árdua tarefa da sobrevivência.

Ingênua, a moçoila pensa que a vida a dois significa a entrada no paraíso da felicidade, do domingo no parque, da quarta no cinema, dos pés se enroscando debaixo das cobertas.

Desaventurada, não imagina que a paixão enquanto expectativa de momentos felizes, pode significar o seu inferno astral, a sua entrada à sala da angústia e da ânsia, onde o ingresso é o estado de espírito em que se encontra o ser atormentado por incerteza e receio.

Às negas apaixonadas, pobres coitadas, atormentadas pelo ser ou não ser, uma ode à desgraça. Estas perderão a vez, o banco, e o esforço pelo doce cozido. Estas deixarão espaço à caça desenfreada. Corações estão na moda, várias cores e padrões [1].

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