quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

De mãos desatadas

"João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém.João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história" (Quadrilha, Carlos Drummond de Andrade)

Sinto-me como em uma quadrilha, à la Drummond
Mas embora sobrem-me pares
Não estou de mãos dadas com ninguém

Otávio não amava Beatriz, porque amar é uma palavra muito forte
Era algo bacana, mas passava longe de se apaixonar.

Beatriz amava Hugo. Será?
Talvez porque ele é o único com o qual ela não poderia ficar.

Mas pensando bem, Beatriz sabia que Ernesto era o cara certo para namorar.
Pena que ele morava lá em Belém do Pará.

Talvez eu tenha vocação para Maria, a que ficou para tia, ou para Teresa, a do convento.
Ou quem sabe seja como outra Teresa, a "inha" de Jesus.
E de tão atrapalhada não soube a quem dar a mão e acabei abanando-a.

Dei adeus, a cada um mandei um abraço, piquei mula.
Talvez eu não faça parte da ciranda de pedra que é amar.

Da louca (ainda), Beatriz

2 comentários:

Camila Rufine disse...

Bem vinda ao clube. Prefiro achar que seja escolha minha. Enquanto eu for convincente comigo mesma, tudo bem. ;)

Belo texto.
bjos

CamilaRufine

Mulheres de Atenas disse...

Nas quadrilhas, eu sou aquela que só observa de longe :O

beijo,

Carolina.