terça-feira, 6 de maio de 2008

Pausa para reflexão (e espera do texto da Carol)

Em semana de Dia das Mães, é espantoso ver a quantidade de seções especiais para mulheres na mídia. O que mais dá medo é ver que, passadas décadas e mais décadas das revistinhas que nossas bisavós liam, os assuntos tendem a ser os mesmos. Os suplementos dos jornais especiais para mulheres, as revistas femininas (e aqui entra uma variedade infinita, de Nova à Tititi) e até as seções em sites de notícias na internet trazem, invariavelmente, os mesmos assuntos. Maternidade, família, dicas de beleza, fofocas de famosos e novelas, boa forma. Não sou mãe, nem matriarca, e, particularmente, acho que tem coisa mais interessante para ler do que dieta da lua e como fazer chapinha no inverno. Até porque, se li alguma vez esses assuntos, deve ter sido há anos. Depois, eles acabaram sendo requentados, conforme convêm às editorias...
Não posso negar que me emocionei com a história da pequena Ana Maria, bebê de proveta, nascida depois de anos de espera pela mãe vendedora e o pai marceneiro. Mas minha emoção se deve muito ao fato de que ultimamente ando tão à flor da pele que qualquer historieta me faz chorar. O fato é que sou leitora voraz, mas, comumente, essa mídia não me retrata. Quem sabe retrate uma parcela de mulheres, mas sabe-se lá se elas consomem essas mídias? Então, onde está o erro? Existe um erro ou são só devaneios desta jornalista aqui? Acredito que as mulheres estão diferentes, mas não acho que isso tem sido refletido na mídia para elas. Penso que essa seria uma típica discussão entre mim e Carolina (a de Athenas). E como ela já me disse uma vez, "sabe que isso daria um ótimo texto?". Então, amiga, passo a bola pra você!

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A notícia da vez é que (novamente) o texto sai! Simmm, ainda a maldição dos trabalhos curriculares!!

Atenciosamente,
Beatriz

6 comentários:

danii disse...

otimo texto.... cara jornalista... em um país onde as mulheres viram melancias e são aclamadas por isso...
eu sinceramente não me vejo nessa mídia....bjkss

www.daniilopes.blogspot.com

Mulheres de Atenas disse...

Essa é a Beatriz, não escreve o TCC mas atualiza o blógue. Êee beleza!!! hahahahaha

Neto Verneque disse...

e num é q é??
os mesmo suplementos e materias seeeempre
10 dicas para perder peso
os numeros diminuem
6 dicas para ficar em forma
as palavras mudam
6 dicas para ser uma ótima mãe
e por ai vai...
qm sabe vcs nao viram pra mudar essa historia han???
bjoos
otimo texto

Mulheres de Atenas disse...

Também penso nisso. E às vezes achava que eu era a única que não me encaixava no perfil ‘mulher maravilha – faça em 30 minutos o que os outros fazem em dois dias e tenha tempo para descansar’... Sério, penso que sou A desorganizada, a única que dorme 5 horas por noite e ainda assim pensa que o dia foi curto. Não nego que as matérias sobre como esconder olheiras depois de uma noite curta eu ainda leio... Ultimamente só não faço simpatia para achar namorado, já desisti faz tempo...
Como mudar o jornalismo cor de rosa? É bem mais fácil fazer matérias sobre como manter o cabelo liso embaixo d’água do que escrever sobre a ‘mulher verdadeira’ que nós sabemos que existe... Juro, já cheguei até pensar em uma publicação tipo playboy para mulheres... com homens lindos e matérias...mas será que ninguém pensou nisso antes? Rs... Não sei mesmo, não é fácil decidir e descobrir o que interessa às mulheres, mesmo sendo mulheres....
Quanta divagação... isso quase virou um post!
Bjs....

Ufo Brasil disse...

gostei do texto parabéns

http://www.rangervermelho.blogspot.com/

. . disse...

Essas mulheres de Atenas não são como as de outrora... rs
Concordo absolutamente com este discurso sobe uma mídia infame e (machista) diga-se por sinal, que idolotra a "rainha do lar" e a mulher como unica e exclusivamente "mãe". Embora o advento de uma nova percepção de mundo venha-nos assolar em tempos comtemporâneos, ainda assim as velhas imagens opacas de nossas mães e avós (que não ocuparam cadeiras universitárias) vem a todna como fantasmas... E o pior não é a mídia, o pior é a falta de senso crítico que as mulhres da atualidade aos poucos retornam às condições primitivas e fantasmagóricas...
Belo texto!
Abraços!