Noite dessas Joana pegou um aforismo no ar. Dessas palavras que às vezes o vento traz e de alguma forma elas se encaixam e fazem algum sentido. A máxima em poucas palavras dizia a Joana que as pessoas, mesmo não sendo fortes, precisam do sentimento de força: para vencer obstáculos, continuar a luta, seguir andando...
- O sentir-se forte é imprescindível. Depois, com o sentimento, a força vai brotando, até que um dia descobrimos o quanto dessa pegada conquistamos e a expelimos pelos poros para deixar a vida seguir, - assoviou o dono das palavras vindas com o vento.
- Quero me embriagar de sentimento e vê-la brotar - disse ela baixinho, e com força.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Outro aniversário em branco
Mais um aniversário passou sem que fizéssemos festa. Será isso sinal da idade? Estamos festejando menos para nos esconder ou estamos nos escondendo porque andamos festejando demais? Espero que seja a segunda opção.
Neste ano serei Cristina. Passei tanto tempo ausente do nosso blog, que hoje quando escutei Chico para escolher quem eu seria, quando ele se perguntou por Cristina, tive certeza de que era comigo que falava.
“Será que Cristina volta, será que ela vai gostar
Será que nas horas mais frias das noites vazias não pensa emvoltar?
Será que vem ansiosa, será que vem devagar”
Pretendo voltar. Pretendo me inspirar.
Como prova da minha boa vontade, cito Vinícius de Moraes, que ando lendo em busca de inspiração.
“Amigos, que este ano recém-nato, ao contrário do transacto, lhes chegue de fraldas limpas; e vocês tenham um milhão de coisas boas e possam ver suas pessoas num espelho mais bonito. [...]Pois a verdade é que tudo se renova: bossa velha fica nova, o que eu acho muito bem. Só não renova quem já está com o pé na cova, quem não cria e não desova, quem não gosta de ninguém” – Vinícius de Moraes – Toadinha de Ano Novo.
Beijos
Neste ano serei Cristina. Passei tanto tempo ausente do nosso blog, que hoje quando escutei Chico para escolher quem eu seria, quando ele se perguntou por Cristina, tive certeza de que era comigo que falava.
“Será que Cristina volta, será que ela vai gostar
Será que nas horas mais frias das noites vazias não pensa emvoltar?
Será que vem ansiosa, será que vem devagar”
Pretendo voltar. Pretendo me inspirar.
Como prova da minha boa vontade, cito Vinícius de Moraes, que ando lendo em busca de inspiração.
“Amigos, que este ano recém-nato, ao contrário do transacto, lhes chegue de fraldas limpas; e vocês tenham um milhão de coisas boas e possam ver suas pessoas num espelho mais bonito. [...]Pois a verdade é que tudo se renova: bossa velha fica nova, o que eu acho muito bem. Só não renova quem já está com o pé na cova, quem não cria e não desova, quem não gosta de ninguém” – Vinícius de Moraes – Toadinha de Ano Novo.
Beijos
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Perto dos 30, mas com preocupações adolescentes
- Cedo ou tarde vou ter que contar para a minha mãe que durmo com o meu namorado.
Melhor ela saber por mim do que pelas vizinhas.
- É... A filha virgem não existe mais..hehhee
Mas não se precipite em contar, deixe que as coisas aconteçam...
- Com certeza... Mas não dá para esperar muito. Vai ter que entender nas entrelinhas. Meu pai que é mais ciumento leva esses assuntos mais na boa...
- É... A vida adulta não é fácil, mas é prazerosa! hahahah
Melhor ela saber por mim do que pelas vizinhas.
- É... A filha virgem não existe mais..hehhee
Mas não se precipite em contar, deixe que as coisas aconteçam...
- Com certeza... Mas não dá para esperar muito. Vai ter que entender nas entrelinhas. Meu pai que é mais ciumento leva esses assuntos mais na boa...
- É... A vida adulta não é fácil, mas é prazerosa! hahahah
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Gota
No capítulo de hoje peço desculpas por não ser a Mulher-Maravilha, nem a mulher-Carinhosa, muito menos a Mulher-Perfeita.
Peço perdão por mostrar de menos, por querer de menos, por ser pouco. Peço desculpas, no capítulo de hoje, por não compreender por que você diz que me entende, mas ainda assim exige.
No capítulo de hoje, peço perdão por ser humana, por ser feita de lágrimas, carne e osso e pouco suor e sangue.
Peço perdão por mostrar de menos, por querer de menos, por ser pouco. Peço desculpas, no capítulo de hoje, por não compreender por que você diz que me entende, mas ainda assim exige.
No capítulo de hoje, peço perdão por ser humana, por ser feita de lágrimas, carne e osso e pouco suor e sangue.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Diz que sim
Hoje eu te senti diminuido, cabisbaixo, frustrado. Quem sabe sua frustração seja porque não ficamos trancados num quarto por três dias. Pode ser que nem sempre eu queira ficar trancada três dias em um quarto, mesmo que a companhia seja a melhor de todas, mas não porque eu não te quero, mas porque eu tenho necessidade de ser a outra eu. Aquela que fica de pijama o dia todo, que lava a louça, que limpa a geladeira, que espia a novela, que dá piti por não encontrar o papel onde anotou o telefone, que cozinha mal, que tem medo do julgamento dos outros. Aquela de raiz. Que nunca muda e pode continuar submersa ali, aparecendo de vez em quando, sem precisar ser julgada como aspecto de falsidade. A essência oculta.
Talvez terei necessidade de ficar sozinha, de chorar sem ter que responder o motivo, de me perder em devaneios com o olhar distante sem saber (e sem ter que dizer) o porquê. Um dia, quem sabe, eu precise só de colo, de afago, de solidão. Sem que para isso eu precise te deixar. Nem que para isso eu precise te abandonar num outro quarto, chorar todas as minhas dores, dar risada sozinha, ler um livro, ouvir uma música bem alta. E daí voltar nova, pra você. Pode ser que eu não precise de sexo sempre, porque às vezes eu preciso de você dentro, mas de outra forma. Talvez eu seja louca e é bem provável que continue sendo por um bom tempo. Talvez até pra sempre. Você vai continuar me amando mesmo assim?
Talvez terei necessidade de ficar sozinha, de chorar sem ter que responder o motivo, de me perder em devaneios com o olhar distante sem saber (e sem ter que dizer) o porquê. Um dia, quem sabe, eu precise só de colo, de afago, de solidão. Sem que para isso eu precise te deixar. Nem que para isso eu precise te abandonar num outro quarto, chorar todas as minhas dores, dar risada sozinha, ler um livro, ouvir uma música bem alta. E daí voltar nova, pra você. Pode ser que eu não precise de sexo sempre, porque às vezes eu preciso de você dentro, mas de outra forma. Talvez eu seja louca e é bem provável que continue sendo por um bom tempo. Talvez até pra sempre. Você vai continuar me amando mesmo assim?
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
O silêncio
boca, olhos, ouvido
gestos, falhas, sentidos
o infinito que dura
até o gemido, o descanso.
o silêncio que fica depois,
que se arrasta pelos pêlos
até os fios do cabelo.
eu muda, não é falta
de palavras, é imensidão de
pensamentos
gestos, falhas, sentidos
o infinito que dura
até o gemido, o descanso.
o silêncio que fica depois,
que se arrasta pelos pêlos
até os fios do cabelo.
eu muda, não é falta
de palavras, é imensidão de
pensamentos
terça-feira, 2 de novembro de 2010
No infinito de nós dois
É falar de você, o tempo todo. Encontrar em tudo que eu vivo e em tudo onde vive você, alimentado na minha saudade, um jeito de a gente estar perto. Sem a sua presença, sólida aqui, eu me perco em pensamentos, para que um deles viaje no destino certo e lhe traga. Rezo baixinho, a minha prece com ardor, para que isso logo se acabe.
Eu tento fugir da manhã cinza, nublada e triste, porque ela não nos traduz. O dia gelado e sem cor é como um coração frio e amargo ou como um café que alguém esqueceu de tomar e ficou sobre o balcão. O que eu quero é o aconchego, é o ninho, é a vontade de viver devagarinho, porque de mãos dadas a gente caminha a contemplar e não a cumprir um destino.
É preciso um bocado de saudade, mas não esse carregamento de falta, que vem quase a me matar. Eu nem mais sei quem sou, se sou eu mesma ou o que restou depois que a sua presença me arrebatou. O seu eu te amo não exprime escolha, mas sentença: é você. E embebida no teu colo, não tenho como negar. Sim, sou eu, sou qualquer coisa, seria capaz de me transformar em breu ou em luz, no que te apetece. Sou tijolo, pedra, areia ou vidro, sou água, cimento e cal, é em mim que você pode construir seu lar.
Mas um dia, um dia bem de repente, acordei sem pensar em sou. Penso em somos, seremos, faremos, fugiremos, casaremos, nos amaremos. Sairemos rumo ao último porto, embarcaremos no último barco, trairemos qualquer voz que diga: não vai dar certo. Daremos. A volta, por cima, por baixo. Escaparemos pela brecha, entenderemos o viés do amor como sentimento puro e possível. Essencial.
Seu lugar é aqui dentro. Quando você vai arrendar esse corpo que te pertence e quando o seu corpo meu e o meu corpo seu poderão se unir aliviados pelo fim da procura? Encontrei minha terra, meu chão, meu lar. Anseio agora por viver nele sem hora e dia de acabar.
Eu te amo.
Eu tento fugir da manhã cinza, nublada e triste, porque ela não nos traduz. O dia gelado e sem cor é como um coração frio e amargo ou como um café que alguém esqueceu de tomar e ficou sobre o balcão. O que eu quero é o aconchego, é o ninho, é a vontade de viver devagarinho, porque de mãos dadas a gente caminha a contemplar e não a cumprir um destino.
É preciso um bocado de saudade, mas não esse carregamento de falta, que vem quase a me matar. Eu nem mais sei quem sou, se sou eu mesma ou o que restou depois que a sua presença me arrebatou. O seu eu te amo não exprime escolha, mas sentença: é você. E embebida no teu colo, não tenho como negar. Sim, sou eu, sou qualquer coisa, seria capaz de me transformar em breu ou em luz, no que te apetece. Sou tijolo, pedra, areia ou vidro, sou água, cimento e cal, é em mim que você pode construir seu lar.
Mas um dia, um dia bem de repente, acordei sem pensar em sou. Penso em somos, seremos, faremos, fugiremos, casaremos, nos amaremos. Sairemos rumo ao último porto, embarcaremos no último barco, trairemos qualquer voz que diga: não vai dar certo. Daremos. A volta, por cima, por baixo. Escaparemos pela brecha, entenderemos o viés do amor como sentimento puro e possível. Essencial.
Seu lugar é aqui dentro. Quando você vai arrendar esse corpo que te pertence e quando o seu corpo meu e o meu corpo seu poderão se unir aliviados pelo fim da procura? Encontrei minha terra, meu chão, meu lar. Anseio agora por viver nele sem hora e dia de acabar.
Eu te amo.
Assinar:
Postagens (Atom)