domingo, 16 de agosto de 2009

SDP - Síndrome do Diagnóstico Permanente

Tudo bem que todo mundo é um catálogo de síndromes, para todos os gostos. Tem os hipocondríacos, os com mania de perseguição, bulímicos, os obsessivos, os compulsivos. Ultimamente olho para as pessoas e torna-se inevitável não escaneá-las por inteiro até detectar as síndromes, os transtornos, enfim, o que faz de cada ser uma neurose ambulante.
Coisa chata, só eu sei. Mas o que é estranho é que o normal mesmo é o raio-X próprio. Costumo diagnosticar apenas as minhas paranoias, todas as neuras e os defeitos presentes em um relatório dissertativo explicativo sobre essa que vos fala. Não vou citá-las aqui, daria um tratado.
Elas costumam vir à tona quando estou enrolada em algum relacionamento ou prestes a. E nesse quesito, vá lá, devo admitir. É comum eu sómefoderbrasil. E eu não sou aquele modelo de mulher bem resolvida. Aquela que parece dizer com o olhar: olha só, meu bem, dane-se você. Esse tipo de coisa que deixa o homem maluco.
Mas não é só isso. Essa aqui reflete com todos os poros do corpo o que faz dela um ser indigno do outro, daquele trabalho, daquela vaga no mestrado. E a “culpa”, concluía, era sempre das paranoias, dos medos, das atitudes erradas, de tudo aquilo que eu fiz e virou motivo de arrependimento, porque, porque, porque sei lá por que com isso espantei o desgraçado, o possível chefe, a chance certeira.
E olhando assim, depois de um tempo, com aquela distância de segurança que Deus nos dá, e, principalmente, com algo bacana rolando e dando certo, vejo que meu (meu e de milhões de garotas não tão bem-resolvidas) erro foi sempre olhar primeiro para mim mesma, colocar a culpa do mundo nas minhas costas, porque, bem porque isso condiz bem com meu espírito vitimizador, existindo ou não essa palavra.
Quando se trata de relacionamentos, a gente enxerga que o outro, poxa, o outro é que tem medo, paranoia, transtorno. E aquilo que a gente lutava tanto para dar certo nem servia tanto assim para a gente.
Na verdade era o outro que se deixava levar pelos receios, de um jeito meio incompreensível e até meio babaca. E o segredo, no fundo, é não agir como terapeuta de nós mesmas. A gente perde um bom tempo com isso, não é remunerada para tal e no fundo, no fundo, descobre que uma saia curta e uma noite na gandaia dá bem mais resultado.

5 comentários:

Neto Verneque disse...

curti o texto, eu so meio compulsivo e fico pensando nas minhas paranoias nos relacionamentos
eu falo falo
mas nao consigo mudar
eh froids
=/

Maris Morgenstern disse...

paranóias, paranóias.
e eu sempre paranóica quando entro aqui tentando descobrir quem é quem senti falta de saber quem escreverr hoje,
cadeeeeeee a assinatura.
rs
bjos meninas

Mulheres de Atenas disse...

Olá, Maris!
Desculpa.
Mas assim como nos damos o direito de nos esconder sob outros nomes, às queremos escrever sob nome nenhum.
;)
bjos

Mulheres de Atenas disse...

Acho que vou começar a usar saia curta, pintar minha unha, passar aquele baton vermelho e... ai deles!!! hahaha

L.

Anônimo disse...

isso ae meninas.
saia curta na cabeça!
digo, na cintura... digo...
ahm...