sexta-feira, 6 de junho de 2008

Três textos curtos, três idéias longas

PS: Começo o texto com um PS para dizer que estou num momento, eu diria, etnocentrista, então, falei de mim, apenas...


Dualista
Deus... Intrigante demais para mim! É uma questão que está sempre comigo e que me faz lembrar de uma frase do Padre Zezinho: “Deus só se torna uma grande resposta quando faz dele sua maior pergunta”. E este questionamento anda sempre comigo. Com quem eu falo? Para quem eu faço meus pedidos e abro o meu coração? Não sei, falo com algo que é maior que eu, mas que ao mesmo tempo cabe dentro de mim.
Deus tem sido um mistério cada vez maior na minha vida. Quanto mais eu tento entendê-lo, mais complexo ele parece. Contudo, sinto-o cada vez mais próximo de mim.
Quando vou à igreja, como manda a sociedade, ao contrário do que deveria ser, Deus parece se afastar na fala do padre, nas brincadeiras das crianças, nos ritos repetitivos.
Falar com Deus é mais que palavras. Queria conversar mais com Ele em minhas atitudes, que de alguma forma as pessoas vissem Deus no meu sorriso, nas minhas palavras...
Deus existe, eu sei. Está dentro de mim e em todos os lugares. E você, o que acha?

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Especialista
Eu já li um pouco de muita coisa, posso dizer que já ouvi falar um pouco de quase tudo. Prefiro, sinceramente, saber um pouco de tudo e tudo de nada. O diferente é mais interessante. Que graça teria se eu falasse apenas sobre mim, que é o que eu gosto mais?
O bom mesmo é tirar o foco do próprio umbigo. Falar de mim, dele, dela, de nós.
Gosto tanto de ser assim, ser muitas em uma só. Ser Helena, Carolina, Bianca, Cecília, Terezinha e tantas mais.

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Agora vou falar de amor.... Amor não, de sentimento, pois não tem nome, é sentimento e só.
Um amor platônico que não sabe que tinha este título. Talvez agora saiba, mas acho que ele não lê blogs... Enfim, eu achava que jamais nos encontraríamos e (quem diria?) conversaríamos. E uma amizade então? Incrível! Somos amigos... fomos algo a mais e agora amigos de novo...
E amor platônico materializado é misto de magia e desencanto, palavras ligadas e, neste momento, antagônicas. Um sonho que virou beijo e um beijo que não foi sonho.
Apesar dos pesares, ainda adoro seu sorriso, o mais charmoso, apesar dos dentes um tanto desalinhados. Ele não usa perfume, mas tem um cheiro tão bom, daqueles que dá vontade de abraçar... E para terminar:

Enterro
Acabo de descobrir que ele tem namorada.
Preparem os cartões, a missa e as lágrimas
Mandem-me condolências pelo romance mal acabado...

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Escrever, para mim, é aliviar a alma. Alguns fumam, outros gritam. Enquanto outros choram ou brigam... Às vezes eu penso e não escrevo, mas, na maioria das vezes, eu escrevo e não penso. Isso é uma verdade e serve como justificativa (e pedido de desculpas) para as linhas mal traçadas que acabaram de ler.

Até mais,

Helena

6 comentários:

Hermes disse...

Deus????
Prefiro acreditar que seja nosso próprio EU, em busca de algo absoluto... não numa acepção idealista, distante de nós, mas um potencial muitas vezes mal aproveitado de nos encontrarmos e sabermos que ele nada mais é do que a realização plena de romper com qualquer limitação a nossa capacidade de realização por inteiro. Realizar-se em sua humanidade, viver somente por ela.
Procurar algo exterior a nós mesmos é inútil e estéril.

Hermes disse...

Ah, os amores platônicos... Deu-me até vontade de ouvir Beethoven após a leitura.

Não passarei vontade.

Mulheres de Atenas disse...

Helena, cá venho eu, humildemente comentar teus textos. Gosto de idéias fragmentadas, mas que acabam se unindo em um tema maior, comum.
Fala aí, esse primeiro vc escreveu pra Tribo, né? Tenho certeza de que será publicado.
Essa coisa do cheiro até a ciência explica. Leia reportagem da Galileu dessa semana.
Bjão!

Lucas Ruteski disse...

Hoje o Diabo é mais aclamado que Deus, afinal tudo é pecado e todos estão na unha do Capeta. O fato não é discutir Deus em sua forma, se é bonito, se tem belos dentes ou cabelos grisalhos (o que é bem comum), e sim qual o seu verdadeiro ensinamento. Como diria Zaratustra, "Deus está morto, trago as palavras da libertação", assim, deixamos de usar Deus como uma maldita bengala. O grande erro é colocar Deus como um semelhante a nós, é muito mais do que isso. Particularmente, prefiro o Meu Deus, aquele que não me cobra e sim que dá boas gargalhadas de meus erros, gozando de minha condição meramente humana.
Sobre o especialista! Só digo uma coisa, Que a verdade caia!
Ótimos Textos!
Abraços

Srtª Amora disse...

tbm sei um pouco de tudo e tudo de nada... acaba sendo interessante mesmo. Amor platônico, eu tenho um, confesso... nunca tive isso na minha vida e agora arranjei um. nem é nada do que gosto... é magriiinho, usa meias brancas com sapato social... mas é sensível e bem humorado, e isso encanta.

bem, boa sorte na próxima.

Mulheres de Atenas disse...

Helenaaaaaa!!!
Nós e nossos amores platônicos..
O que seria de nós sem eles, e eles sem agente?! ahahaha
Um dia ainda nos livramos dessa
zica, vc vai ver...
Ótimos curtos texto
te adorãoooo hehe
;*