segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Perto dos 30, mas com preocupações adolescentes

- Cedo ou tarde vou ter que contar para a minha mãe que durmo com o meu namorado.
Melhor ela saber por mim do que pelas vizinhas.

- É... A filha virgem não existe mais..hehhee
Mas não se precipite em contar, deixe que as coisas aconteçam...


- Com certeza... Mas não dá para esperar muito. Vai ter que entender nas entrelinhas. Meu pai que é mais ciumento leva esses assuntos mais na boa...

- É... A vida adulta não é fácil, mas é prazerosa! hahahah

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Gota

No capítulo de hoje peço desculpas por não ser a Mulher-Maravilha, nem a mulher-Carinhosa, muito menos a Mulher-Perfeita.

Peço perdão por mostrar de menos, por querer de menos, por ser pouco. Peço desculpas, no capítulo de hoje, por não compreender por que você diz que me entende, mas ainda assim exige.

No capítulo de hoje, peço perdão por ser humana, por ser feita de lágrimas, carne e osso e pouco suor e sangue.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Diz que sim

Hoje eu te senti diminuido, cabisbaixo, frustrado. Quem sabe sua frustração seja porque não ficamos trancados num quarto por três dias. Pode ser que nem sempre eu queira ficar trancada três dias em um quarto, mesmo que a companhia seja a melhor de todas, mas não porque eu não te quero, mas porque eu tenho necessidade de ser a outra eu. Aquela que fica de pijama o dia todo, que lava a louça, que limpa a geladeira, que espia a novela, que dá piti por não encontrar o papel onde anotou o telefone, que cozinha mal, que tem medo do julgamento dos outros. Aquela de raiz. Que nunca muda e pode continuar submersa ali, aparecendo de vez em quando, sem precisar ser julgada como aspecto de falsidade. A essência oculta.
Talvez terei necessidade de ficar sozinha, de chorar sem ter que responder o motivo, de me perder em devaneios com o olhar distante sem saber (e sem ter que dizer) o porquê. Um dia, quem sabe, eu precise só de colo, de afago, de solidão. Sem que para isso eu precise te deixar. Nem que para isso eu precise te abandonar num outro quarto, chorar todas as minhas dores, dar risada sozinha, ler um livro, ouvir uma música bem alta. E daí voltar nova, pra você. Pode ser que eu não precise de sexo sempre, porque às vezes eu preciso de você dentro, mas de outra forma. Talvez eu seja louca e é bem provável que continue sendo por um bom tempo. Talvez até pra sempre. Você vai continuar me amando mesmo assim?